O DIA
Maria Luisa Barros
Alunos já estão preocupados em terminar o ano sem diploma
No Dia da Educação, celebrado hoje, há pouco a comemorar no Rio. O cumprimento dos 200 dias letivos da rede estadual está mais distante. Professores ameaçam entrar em greve se o governador Sérgio Cabral não cumprir as promessas de campanha, como reajuste. Como DDIA mostrou ontem, se a falta de mestres não se normalizar até quarta-feira, o ano estará perdido.
A possível paralisação inviabilizaria de vez a reposição dos 50 dias de aulas já perdidos. O Sepe dará o ultimato semana que vem, quando se reúne com a equipe econômica do governo.
“Lamentavelmente, há a possibilidade de greve”, confirma Vera Nepomuceno.
A Associação Municipal dos Estudantes Secundaristas do Rio alerta para o risco de os alunos ficarem sem certificado de conclusão do curso. “Mais uma vez, escolas públicas estarão em desvantagem no vestibular”, critica o presidente Caio César.
Se as aulas não começarem já, não haverá dias suficientes para que 20 mil alunos acabem o ano. A reposição terá de avançar nas férias, sábados e em 2008.
Alerj quer explicações de Maculan
A Comissão de Educação da Assembléia Legislativa do Rio (Aleti) planeja convocar novamente o secretário estadual de Educação, Nelson Maculan, para se explicar em audiência pública.
De acordo com o presidente da comissão, deputado Comte Bittencourt (PPS),os prazos dados pelo secretário, na primeira audiência, para normalizar o caos nas escolas estaduais expirou, mas a falta de professores continua sem solução.
”Estamos chegando a 12 de maio, quando se completam três meses de aulas perdidas, e até agora o governo não colocou professores em sala”, diz Bittencourt. O secretário vai convocar 2.600 concursados de 2004, mas ainda não sabe quando.