O Fluminense
Fabiana Torres
06/03/2009
O presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa (Alerj), deputado Comte Bittencourt (PPS), vistoriou, ontem, as obras do Colégio Estadual Henrique Lage, no Barreto, Zona Norte de Niterói. Após denúncias publicadas em O FLUMINENSE, nas edições de quarta-feira e ontem, sobre o atraso nas obras e entrega de equipamentos, o deputado decidiu verificar pessoalmente as condições da unidade de educação.
“Vim aqui a pedido de professores e alunos do colégio e após tomar conhecimento das denúncias através de O FLUMINENSE. As obras deveriam ter sido entregues na segunda-feira, mas atrasaram em uma semana e devem ser concluídas no dia 9 de março. Esse atraso nas obras civis é compreensível, até por questões climáticas, mas o atraso na entrega dos equipamentos, como ar-condicionado e lousas, é inaceitável”, protestou Comte.
Durante a vistoria, o professor e auxiliar de direção do Henrique Lage, Marcelo Azeredo, explicou que o início das aulas foi adiado em uma semana.
“Cinco ou seis dias a menos de aulas não vão prejudicar os alunos, que retornarão ao colégio e encontrarão a unidade em boas condições de funcionamento”, disse Marcelo.
O custo total da obra foi de R$ 3,9 milhões. De acordo com o engenheiro responsável pela fiscalização das intervenções, Paulo César Domingues, o atraso na entrega está “dentro do normal”.
O professor Renato Pereira creditou o andamento das intervenções às pressões feitas pela comunidade escolar.
“Essas obras só estão caminhando porque nós, professores, alunos, pais e funcionários, estamos exercendo pressão sobre o governo. E, ainda assim, esta atrasada. Se nós não pressionássemos, estaria com um atraso muito maior”, opinou.
O aluno e coordenador do grêmio estudantil, Ronald Luiz dos Santos, de 19, falou da decepção que sofreu ao retornar à escola, na segunda-feira, prazo final para a conclusão das obras:
“Imaginei que entraria em uma escola pronta, mas encontrei um canteiro de obras”.
Após a vistoria, o deputado lamentou o atraso e prometeu cobrar posicionamento da Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec), responsável pela coordenação das obras.
“Teremos uma audiência pública de rotina no dia 4 de abril e aproveitarei para discutir os problemas referentes ao Henrique Lage”, disse.