15/04/2009
A necessidade de realização de um concurso público para docentes e apoio pedagógico da Faetec (Fundação de Apoio à Escola Técnica) foi o principal tema debatido na audiência pública realizada hoje (14/4) pela Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, presidida pelo deputado Comte Bittencourt (PPS). O encontro, que contou com a participação do presidente da Faetec, Celso Pansera, e de representantes da comissão e de profissionais da Associação de Profissionais da Faetec (Apefaetec), não definiu uma data para o exame. Hoje, na Faetec, há 2.792 professores concursados, 764 cedidos, e 2.259 contratados temporariamente.
“Estamos conversando com o governo e a Seplag (Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão) para realizar o concurso em breve. Vamos abrir vagas para 950 cargos de professores e instrutores e mais 500 para apoio administrativo”, afirmou Pansera. “Na nossa avaliação, existem tipos de professores e instrutores que não podemos concursar, já que muitos arranjos produtivos se esgotam. Nesses casos, o contrato temporário , no período de cinco anos, ainda é a melhor solução”, completou. Pansera lembrou alguns pontos prioritários da sua gestão, entre eles a criação da Ouvidoria da Faetec, a instituição de uma comissão para cuidar do plano de cargos e salários, a modernização dos laboratórios e de salas e prédios antigos, além instalação de elevadores para deficientes físicas em várias unidades.
O deputado Comte Bittencourt aceitou os argumentos de Pansera, mas enfatizou que o concurso público ainda é a melhor forma de melhorar a qualidade do ensino no estado. “Não se constitui a cultura do corpo docente de uma instituição sem a realização de concurso”, disse Comte, que afirmou que vai continuar cobrando da instituição a realização do exame em breve.
Um dos representantes da Apefaetec, o professor Marcelo Costa também cobrou agilidade do presidente da instituição. “Todas as grandes instituições públicas no Brasil, com reconhecimento de qualidade, são pautadas por professores concursados. Não somos contra o professor que tem contrato temporário, mas a sua contratação prejudica, e muito, a qualidade do ensino. Esse excedente de contratados hoje na Faetec é pura falta de planejamento”, disse Marcelo Costa.
Participaram da audiência os deputados Paulo Ramos (PDT), Marcelo Freixo (PSOL), Alessandro Molon (PT), Wilson Cabral (PSB), Pedro Fernandes (DEM), Paulo Melo (PMDB) e Marco Figueiredo (PSC), além de representantes de pais de alunos, alunos e professores da Faetec.