Vaga em comissão vira briga judicial

Deputada Clarissa Garotinho, preterida na Educação na Alerj,entra com ação e para os trabalhos, criando mal-estar no PR

Com a primeira reunião marcada para ontem, a Comissão de Educação — uma das mais importantes da Assembleia Legislativa (Alerj) — ainda não pode funcionar por conta de briga judicial. Liminar obtida pela deputada Clarissa Garotinho (PR), que havia sido indicada para integrar o grupo e ficou de fora, impediu o início dos trabalhos. Assim, a votação de projetos da área de educação fica parada na Casa. Os desentendimentos começaram na semana passada, quando o presidente da Alerj,Paulo Melo (PMDB), designou Samuquinha como integrante do PR para a comissão. Antes, porém, o líder do PR, Iranildo Campos, havia indicado Clarissa. Depois da publicação da composição do grupo, Campos enviou ofício a Melo pedindo para retificar o erro, mas ela continuou de fora.Na segunda-feira, Clarissa entrou contra Melo na Justiça, que determinou a suspensão da primeira reunião da comissão. “Foi uma clara tentativa de me tirar da comissão, muito importante na Casa”, revoltou-se Clarissa.

No início do mês, ela foi a única dos nove parlamentares do PR a votar contra Melo para a presidência da Alerj.O restante dos integrantes da legenda não obedeceu à determinação da executiva do partido, presidido pelo pai de Clarissa, Anthony Garotinho, e votou no peemedebista. Iranildo Campos afirma que cometeu um erro, pois deveria indicar o nome de Clarissa para a Comissão de Saúde. “Não precisava entrar na Justiça. Eu ia conversar com Melo. Foi um erro meu, mas ela veio me perguntar quanto eu havia recebido para tirá-la da comissão. Por isso entrei contra ela com representação no Conselho de Ética”.

Agora, Samuquinha, por sua vez, não abre mão da vaga e diz que “ela que peça ao juiz a nomeação para a comissão”.

Presidente da comissão na legislatura anterior, Comte Bittencourt (PPS) quer o início dos trabalhos. “A briga no PR acabou refletindo no funcionamento do grupo”. A Alerj informou que vai recorrer da decisão da Justiça.

O Dia
João Noé

 

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