Justiça suspende sorteio para alunos do ensino fundamental no CAp-Uerj

Quando viu o nome de sua filha de 6 anos ser sorteado pela segunda vez na seleção do Colégio Aplicação da Universidade Estadual do Rio (CAp-Uerj), Karina Freitas Monteiro, de 31 anos, sentiu-se “abençoada duplamente por Deus”. Mas, agora, a felicidade dela e de mais 59 famílias se tornou uma tormenta. Em mais uma reviravolta judicial, o desembargador Gilberto Dutra Moreira cancelou o resultado do segundo concurso para ingresso na instituição considerada modelo na educação do Rio.

A confusão começou ano passado, quando o primeiro processo seletivo foi questionado, pois o método teria favorecido parte dos 30 sorteados. Apesar da briga na Justiça, a instituição fez novo sorteio. Agora, com o resultado novamente suspenso, Karina está desesperada:

— Minha filha foi sorteada duas vezes. Eu a matriculei porque a juíza avalizou o segundo sorteio. As aulas já começaram, compramos material, a minha filha está adaptada. O que vai acontecer?

Procurada pelo EXTRA, a instituição não se pronunciou. Presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Rio, Comte Bittencourt disse que o mais justo seja abrir vagas para os selecionados em ambos os sorteios:

— Há liminares suspendendo os dois concursos. São crianças de 6 anos que viveram uma expectativa, tiveram seus nomes publicados no Diário Oficial.

Enquanto isso, parte das crianças sorteadas continua fora da escola.

— O segundo sorteio foi irregular. As crianças não têm culpa. A culpa é da Uerj. Agora, é matricular as 60 crianças — afirmou Henrique Costa, de 20 anos, cuja enteada, Eduarda, foi sorteada apenas no primeiro processo seletivo.

Extra
Clarissa Monteagudo

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