Apesar da expectativa dos professores e dos dirigentes do SEPE e da UPPEs, de conseguir um melhor entendimento, sobre as mensagens do governo para a antecipação do Nova Escola e o reajuste para a categoria, a audiência pública realizada hoje (10/08), pela Comissão de Educação da Alerj, presidida pelo deputado Comte Bittencourt (PPS), seguiu a pauta prevista com o Secretário de Estado de Educação, Wilson Risolia, sobre o encerramento das escolas compartilhadas; política de municipalização e política de pessoal. “A Comissão tem como principal entendimento se integrar e tentar solucionar os problemas da educação do estado do Rio”, afirmou Comte.
O Secretário Wilson Risolia, deu início ao debate falando que nenhuma escola compartilhada será fechada antes do término do ano letivo, mas que a Seeduc pretende diminuir custos e que o estudo ainda não acabou. Comte declarou que visitou algumas escolas compartilhadas e verificou problemas, principalmente no uso de salas e bibliotecas. “Não entendo esse tipo de ação. O prédio é público e os alunos não podem ser prejudicados”, concluiu.
Sobre o processo de municipalização Risolia adiantou que o foco, nos próximos meses, está na capital, mas que é preciso combinar e saber o tempo que as cidades necessitam para se organizar. O deputado, no entanto, fez questão de lembrar ao secretário que a educação básica é também responsabilidade do estado, porque o aluno do município hoje será o aluno do colégio estadual no futuro.
Quanto à política de pessoal, o Secretário de Educação, enumerou os avanços realizados pelo governo, afirmando que hoje o estado do Rio é o que menos têm contratos temporários e que entre os anos de 2007 a 2011, 30 mil novos professores chegaram à rede e reduzindo em quase 80% a carência de profissionais. Ele lembrou ainda que foram criados o auxílio transporte e o auxílio qualificação.
A aprovação da PEC 64 foi lembrada e defendida pelo deputado Comte. “Esse projeto aumenta gradativamente, nos próximos cinco anos, o investimento do estado na área de educação. Não tem como justificar que nos últimos 13 anos o estado cresceu na sua arrecadação 350% e o salário do professor, no mesmo período, cresceu 60%. Não é possível a segunda economia do país, continuar tendo uma escola comprometida na sua qualidade”, avaliou.
O parlamentar pediu ainda atenção especial ao Secretário de Educação quanto ao calendário único para os professores, que na maioria das vezes, ministra aula em escolas públicas e privadas.
Também participaram da reunião deputados, representantes do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) e da União dos Professores Públicos no Estado (Uppes).