Há dez anos, foram criadas a Escola de Artes Técnicas Luiz Carlos Ripper, na Mangueira, e a Escola Paulo Falcão, em Nova Iguaçu, ambas da Faetec e com o mesmo propósito: atender a uma necessidade do mercado de trabalho, uma demanda que continua existindo na área cultural. A que fica na Mangueira tem sua capacidade de empregabilidade de 90% dos que passam pelos seus cursos, mas a Faetec quer mudar todo o projeto pedagógico. “Substituir um modelo exitoso, articulado com a comunidade, um modelo que atende a essa demanda de um grande mercado empregador na Cidade do Rio de Janeiro e no Estado com a defesa do Pronatec, me parece uma completa contradição e um grande equívoco”, afirmou o deputado Comte Bittencourt, presidente da Comissão de Educação da Alerj.
Professores e funcionários da EAT Luiz Carlos Ripper se mobilizaram em defesa da escola e promoveram uma reunião com a Comissão de Educação, com o Presidente da Faetec e o subsecretário de Ciência e Tecnologia. No encontro ficou decidido que a Faetec vai criar uma comissão para elaborar uma proposta de autonomia para as Escolas de Artes Técnicas que poderiam funcionar como uma Universidade Popular Brasileira com uma configuração específica. O ano letivo da escola será adiado devido a essas mudanças. O subsecretário afirmou ainda que não há intenção de fechar a unidade.