O deputado estadual Comte Bittencourt (PPS) se reunirá amanhã (1/11) , em Campos dos Goytacazes, com funcionários estatutários da Fundação do Norte Fluminense (Fenorte) para conversar sobre a situação da instituição. Os funcionários apoiam a iniciativa de Comte de propor ao Governo do Estado a extinção da fundação, criada para ser a mantenedora da Universidade do Norte Fluminense (UENF), que, em 2001, adquiriu personalidade jurídica, esvaziando as funções da Fenorte.
Comte já anunciou na Alerj que vai apresentar emenda transferindo os cerca de R$ 8 milhões destinados à Fenorte, no projeto de Orçamento do Estado de 2014, além de propor a transferência de seus 98 funcionários estatutários, que ingressaram nos quadros do Estado por concurso, para a UENF e a extinção da fundação, que tem outros 40 cargos em comissão.
– Por que o Governo do Estado não faz essa transferência? Porque lá virou um pequeno gueto político. São 40 cargos comissionados da Fenorte, que, com raríssimas exceções, estão ocupados por quadros técnicos. Como se pode criar uma fundação para desenvolver tecnologicamente uma região sem quadros técnicos entre os seus comissionados, perguntou Comte.
O deputado lembrou que a UENF sofre com a carência de pessoal de apoio técnico e tem orçamento apertado para manter seu campus e as atividades acadêmicas e de pesquisa. Enquanto faltam recursos para a UENF, por exemplo, equipar seu restaurante universitário, o Estado gastou, nos últimos 10 anos, quase R$ 70 milhões para manter a Fernorte, sendo que esta verba foi praticamente toda gasta com o pagamento de pessoal.
– A UENF é, hoje, uma instituição bem posicionada no espectro universitário brasileiro, especialmente no que diz respeito à pesquisa. Já a Fenorte não tem nenhum projeto de pesquisa ou de desenvolvimento econômico para a região em curso, alertou Comte.