Nova licitação para barcas de São Gonçalo

Os parlamentares presentes à audiência da Comissão Especial da Assembléia Legislativa do Rio para estudar as condições e propor melhorias no sistema aquaviário do estado demonstraram preocupações, nesta quinta-feira (06/03) com o anúncio da possível cassação, pelo Governo do estado, do direito de operação da linha São Gonçalo – Praça XV a ser implantada pela concessionária Barcas S.A. “Não acho correto cassar a concessão de uma empresa que ganhou o processo licitatório e não recebeu qualquer contrapartida do estado para viabilizar o projeto” disse o deputado Comte Bittencourt (PPS) presente na audiência.

De acordo com o secretário estadual de Transportes, Júlio Lopes, que trouxe esta informação, nem a concessionária e nem o Governo dispunham de verba, estimada de R$ 50 milhões, para viabilizar o projeto. O presidente da comissão, deputado Gilberto Palmares (PT), pretendia cobrar, na audiência, a implantação imediata de barcas para o município de São Gonçalo. “O contrato de concessão assinado pela empresa Barcas S.A. com o Governo do estado previa a instalação da linha São Gonçalo – Praça XV em dois anos e o prazo expirou em 2000”, explicou o parlamentar. Segundo o diretor superintendente da Barcas S.A., Lauro Nobre, há anos a concessionária tenta aprovar, junto à Prefeitura de São Gonçalo, um local para instalar a estação. “Apresentamos para a antiga administração do município um estudo do local, em que investimos muito dinheiro, mas nada foi resolvido”, defendeu-se.

Assessor especial da prefeita de São Gonçalo Aparecida Panisset, José Brancatto afirmou que desde 2005 a prefeitura vem fazendo gestões junto ao Governo do estado, à Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes Aquaviários, Ferroviários, Metroviários e de Rodovias (Agetransp) e à concessionária Barcas S.A. para encontrar o melhor local para implantação da estação das barcas.

“Mais uma vez os interesses da população estão sendo deixados de lado”, afirmou Comte Bittencourt. O presidente da comissão especial criticou a condução do processo pelo estado, que, segundo ele, é o principal responsável pela viabilização da linha e que deveria estar cobrando da concessionária ações para que o projeto saia do papel. “A prefeita está fazendo a sua parte, mas tanto a concessionária quanto o governo têm que agir”, afirmou o Gilberto Palmares.

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