Globo Niterói On Line
06/12/2008
As sucessivas reclamações dos usuários das barcas parecem ter surtido efeito. A Assembléia Legislativa do Rio (Alerj) criará, até a próxima quinta-feira, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as falhas e os acidentes ocorridos nos últimos anos com o transporte marítimo de passageiros, administrado pela Barcas S/A, nas travessias da Baía de Guanabara. Os deputados também vão querer saber os motivos pelos quais alguns itens do contrato de concessão, segundo eles, não estão sendo cumpridos.
O presidente da CPI das Barcas será o deputado Gilberto Palmares (PT), que já preside a Comissão Especial sobre Transporte Aquaviário da Alerj. Comte Bittencourt (PPS) deverá ser o relator. Completam ainda a lista Geraldo Moreira (PMN), Graça Matos (PMDB), José Nader (PTB) e João Pedro Figueira (DEM). O PP indicará o último nome. Dionísio Lins e Flávio Bolsonaro estão entre mais os cotados. Somente a partir desta segunda-feira serão definidas as funções de cada deputado.
Os trabalhos da CPI das Barcas podem durar até 90 dias, independentemente do recesso parlamentar de janeiro, sendo prorrogáveis por mais 60 dias. A comissão ouvirá passageiros, órgãos técnicos, Secretaria estadual de Transportes, Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes Aquaviários, Ferroviários, Metroviários e de Rodovias do estado do Rio (Agetransp) e a Barcas S/A. Em seguida, os deputados preparam um relatório com a conclusão do processo, que vai à votação. Caso seja aprovado, a CPI oferecerá denúncia contra a concessionária.
Ao todo, cem mil passageiros utilizam diariamente o transporte aquaviário. São 23 embarcações distribuídas em oito estações: Charitas, Araribóia, Praça Quinze, Paquetá, Cocotá, Angra dos Reis, Ilha Grande e Mangaratiba.