Comissão diz que baixos salários desanimam professoresA Comissão de Educação da Assembléia Legislativa do Rio (Alerj) estima em cerca de 12,1 mil o déficit de docentes na rede estadual de ensino do Rio. O número inclui a carência de 3.700 professores, os 8.000 que cumprem hora extra — a Gratificação por Lotação Prioritária (GLP) — e os 400 que estão no quadro de funcionários temporários. A questão dos docentes foi a que mais alarmou a comissão, numa audiência pública, realizada na manhã de ontem, no Palácio Tíradentes. No encontro, a Secretaria estadual de Educação apresentou os indicadores educacionais referentes ao ano letivo de 2010, em cumprimento à Lei de Responsabilidade Educacional. Desertores dia rede Para o presidente da comissão, Comte Bittencourt (PPS), a falta de professores no quadro fixo — causada, principalmente, pelo abandono da função — tem como principal motivo o baixo salário oferecido. Na audiência, o Sindicato dos Profissionais de Educação (Sepe) afirmou que 4 mil professores saem da rede por ano. — Quem faz concurso para a rede não assume porque o salário não compensa. Preferem fazer a prova apenas por uma questão de currículo —- avalia o deputado. A Secretaria de Educação discorda do número divulgado pelo Sepe. Afirma que são 3.500 os desertores da rede por ano. E afirma que 90% dos casos são de aposentadoria. Para suprir a carência, professores temporários e contratados serão convocados. — Temos 3.000 professores concursados para convocar, e estamos com um concurso em andamento, com 1.362 vagas para matemática e física. Além disso, estamos com a contratação de 4.378 temporários — explica o subsecretário de ensino Antônio Neto. |
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Matheus Vieira