O presidente da Comissão de Educação da Alerj, deputado Comte Bittencourt, solicitará ao secretário de Estado de Ciência e Tecnologia, Gustavo Tutuca, a definição de um novo modelo para a contratação de tutores do Centro de Educação Superior à Distância do Estado do Rio (Cederj), vinculado à Fundação Cecierj. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (18/11), durante audiência pública do Colegiado, que reuniu também associações representativas de profissionais e docentes que atuam na Educação a Distância.
“É urgente a implantação de uma política de estado para a admissão desses tutores. Precisamos estabelecer uma forma de contratação, seja através de concurso ou de contratos, que podem, inclusive, ser temporários. Atualmente, a maioria dos profissionais já tem até doutorado. Eles não têm mais o papel de tutor, são de fato professores e é inadmissível que eles continuem recebendo uma bolsa-auxílio sem nenhum tipo de garantia trabalhista”, explicou Comte.
O presidente do CEDERJ, Carlos Bielchowisk, esclareceu que o regime de contratação foi um dos temas abordados em seminário realizado pelo consórcio, em outubro, assim como a necessidade de garantir aos profissionais direitos trabalhistas e reforçar a infraestrutura dos polos. Ele anunciou que, no próximo dia 5 de dezembro, um novo encontro será realizado para dar continuidade ao debate e enfatizou a importância do apoio do Legislativo.
“O conselho continuará a ouvir todos os envolvidos, o tutor presencial e o tutor à distância, em busca de soluções para a questão que é grave e precisa ser resolvida. Com o auxílio do Legislativo, tenho que certeza de que a solução dessas questões virá de forma mais célere e eficaz”, acrescentou Bielchowisk.
A tutora do polo de Duque de Caxias Raquel Nunes Leal fez críticas ao atual regime de trabalho e apontou as dificuldades enfrentadas diariamente pelos profissionais do CEDERJ/CECIERJ.
“Não temos direitos trabalhistas assegurados, como o pagamento de férias, décimo terceiro salário e licença-maternidade. Há cinco anos não temos reajustes em nossas remunerações. Os profissionais estão desestimulados e acabam pedindo desligamento do consórcio”, relatou Raquel.