O Fluminense
08/02/2007
Marcelo Macedo Soares
Após quase três anos, o deputado Comte Bittencourt (PPS) volta a assumir a presidência da Comissão de Educação da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). Entre os principais objetivos, está fazer da Comissão um fórum permanente de debates sobre o tema. Além disso, Comte demonstrou uma preocupação mais imediata com as condições físicas das unidades da rede estadual, que reiniciam suas atividades na próxima segunda-feira.
Ao ser confirmado como presidente da Comissão de Educação da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), Comte Bittencourt levou ao plenário sua grande preocupação com o estado das unidades estaduais de ensino. O deputado teme pela segurança dos mais de um milhão de alunos que retornam às aulas no próximo dia 12.
“Todos nós sabemos das demandas físicas das unidades estaduais. Será que a Defesa Civil vistoriou estas unidades para garantir a segurança dos alunos?”, indagou ontem, durante discurso no plenário.
Comte afirma que pretende retomar as atividades da Comissão de Educação transformando-a em um grande fórum de debates sobre o tema, mas que não será restrito apenas aos profissionais de educação.
“Quero retomar o debate que fizemos em 2004, meu último ano aqui, onde busquei fazer da Comissão de Educação um grande fórum permanente de debates, onde nos reuníamos semanalmente para discutir as dificuldades enfrentadas”, afirmou.
Outra proposta da Comissão será lutar para transformar o Conselho Estadual de Educação em um órgão do estado, com autonomia e independência. Recuperar a auto estima dos profissionais de educação também será uma meta, garante Comte Bittencourt, que também pretende fazer um levantamento de todo o investimento que já foi feito para a informatização da rede.
“É preciso resgatar a auto-estima dos profissionais. Uma das maneiras de se fazer isso é dando condição e instrumentos para que trabalhem”, declarou.
Resistência a aumento
A proposta do deputado Paulo Melo, líder do governo na Alerj, de aumentar o salário dos secretários de Estado não agradou a alguns parlamentares. Uma das mais indignadas era a deputada Renata do Posto (PAN), que falou sobre o tema na tribuna.
“De onde virá este dinheiro?”, questionou. Alessandro Molon (PT), disse que a bancada do partido vai se reunir nos próximos dias para discutir o assunto.
Os deputados Wagner Montes (PDT), Macelo Freixo (PSOL) e Comte Bittencourt (PPS), também se mostraram contrários ao projeto.