Conselho de ética ouvirá deputados acusados de fraude do auxílio-educação

Correio do Brasil On Line

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Assembléia Legislativa do Rio (Alerj) ouvirá, nesta segunda-feira, em sessão aberta, sete dos oito deputados acusados de envolvimento na fraude do auxílio-educação. Os depoimentos ocorrerão na seguinte ordem: Renata do Posto (PTB); Jane Cozzolino (PTC); João Peixoto (PSDC); Tucalo (PSC); Délio Leal (PMDB); Édino Fonseca (PR), e, Álvaro Lins (PMDB).

Também na segunda-feira, o presidente da Alerj, deputado Jorge Picciani (PMDB), solicitará à Mesa Diretora a abertura de processo de investigação no conselho contra os deputados Marcelino D´Almeida (licenciado do cargo e atual secretário de Governo da Prefeitura do Rio) e João Pedro, ambos do DEM.

— Vamos pedir a acareação dos dois deputados. Um é suplente do outro, mas o Conselho de Ética vai apurar facilmente de quem é a responsabilidade pela nomeação —assegurou Picciani, acrescentando que não haverá perseguição nem tampouco proteção aos deputados envolvidos.

A Mesa analisará também o parecer do procurador-geral da Alerj, Marcelo Cerqueira, que recomenda a demissão do funcionário Eduardo Rocha Orsino, lotado no Departamento de Transportes da Alerj e apontado pelas vítimas como aquele que ia ao banco com elas para abrir a conta-salário e que ficava com o cartão magnético. Picciani disse estar claro que os envolvidos estão tentando atrapalhar as investigações e que o Ministério Público, subsidiado pelo Conselho de Ética, poderá pedir a prisão deles.

— quadrilha tem base em Magé e Guapimirim e atua nos extremos de Duque de Caxias e Cachoeiras de Macacu. Todas as vítimas apontam para cinco nomes: (Wanderley) Galdeano, Eduardo Orsino, Ubirajara (Silva Ferreira), o professor Marco Aurélio (Marins), que estava cedido à Casa pela Secretaria de Educação, e o funcionário Norival Coelho, da deputada Renata do Posto. Destes cinco já há indícios de que estão interferindo nas investigações —afirmou.

Quanto aos depoimentos dos parlamentares envolvidos nas denúncias, o presidente do Conselho de Ética, deputado Paulo Melo (PMDB), explicou por que um dos acusados, o deputado Marco Figueiredo (PSC), não foi convidado a depor.

— representação contra o deputado Marco Figueiredo chegou-nos ontem (quinta-feira), ele terá cinco dias úteis para apresentar sua defesa por escrito, pois foi exatamente o que aconteceu com os demais parlamentares —, disse Melo.

O peemedebista convocou para a reunião os novos corregedor e corregedor-substituto da Alerj, respectivamente, deputados Luiz Paulo (PSDB) e Comte Bittencourt (PPS), bem como os demais membros do Conselho de Ética.

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