Desperdício na educação

Extra On Line

Com ar desligado, estudantes assistem às aulas com janelas abertas

Diante do forte calor — com médias máximas de 36,6 graus em fevereiro, na Praça Mauá —, o jeito encontrado pelos estudantes de escolas com aparelhos de ar inoperantes foi deixar as janelas abertas. No Colégio Visconde de Cairu, no Méier, professores contaram que a instalação foi feita em dezembro de 2009. Já no Colégio Bangu, em Bangu, a informação é de que, no início de fevereiro, os equipamentos já estavam afixados nas salas. O EXTRA visitou as duas unidades nos dias 4 e 19 março.

— O calor tem sido absurdo. Não dá para aguentar. Alguns ventiladores não funcionam nas salas de aula — disse o estudante Marlon Alberto Salles dos Santos Gomes, de 19 anos, do Colégio Bangu.

No almoxarifado

De acordo com o diretor do Sindicato Estadual dos Profissionais em Educação (Sepe), Eduardo Mariani, há casos de escolas do estado em que os equipamentos ficam jogados no almoxarifado durante meses, esperando a instalação.

— Isso mostra o desperdício do dinheiro público. Enquanto isso, o salário inicial de um professor do estado é de R$ 656,78 (com descontos) — reclamou Mariani.

— Isso é uma falta de gestão, de planejamento. É falta de responsabilidade do estado. O governo está pagando por uma coisa que o filho do contribuinte não está usando — criticou o presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa (Alerj), deputado estadual Comte Bittencourt (PPS), para quem o pedido de aumento de carga elétrica deveria ter sido feito antes da instalação.

Posts recentes

plugins premium WordPress