Os deputados estaduais Clarissa Garotinho, Marcelo Freixo, Luiz Paulo, Paulo Ramos e Comte Bittencourt entraram com uma representação no Ministério Público contra o presidente da Cedae, Wagner Victer, por improbidade administrativa e crime ambiental pelo rompimento da adutora que destruiu casas e culminou na morte de uma criança de três anos no bairro de Campo Grande, Zona Oeste do Rio, no final do mês passado.
A Representação de Improbidade Administrativa é baseada na omissão do presidente da empresa após receber a reclamação de um morador em junho de 2010, um ano antes da tragédia.
Constava no alerta, registrado através do site Reclame Aqui, a necessidade da troca da tubulação na região e que, caso não fosse feita, ocasionaria no alagamentos nas casas e possíveis óbitos, tendo em vista a pressão com a qual a água jorraria. Nenhuma providência foi tomada pela empresa.
O presidente da Cedae, Wagner Victer, também poderá ser enquadrado por crime ambiental, tendo em vista a lei de política nacional do meio ambiente, no seu artigo 68, que determina que a autoridade competente deve tomar providência imediata que faça cessar qualquer risco à vida humana, animal, ou vegetal, por ser de responsabilidade desta.
‘”Não temos dúvidas de que a omissão da Cedae colaborou para a tragédia. Não podemos deixar esse episódio passar em branco. Os moradores de Campo Grande não precisam apenas de auxílio da empresa após o ocorrido, todos querem que a justiça seja feita”, disse a deputada Clarissa Garotinho.