Monitor Mercantil: “Até base aliada de Cabral rejeita subsídio a transportes”

Em todo o país, prefeitos e governadores, através de concessões a partidos, mantêm base aliada com maioria expressiva de cada casa, tendo como exemplo o Governo Federal. Nunca é demais repetir que a MP dos Portos, após meses de debate na Câmara, foi aprovada no Senado em horas, tendo o senador Cristóvam Buarque declarado: “Esta casa está de joelhos”. Mas, diante de certos absurdos, até os aliados protestam. As 81 emendas apresentadas a projeto de Sérgio Cabral confirmam isso. Sem poder dizer não ao governador, os deputados ganham tempo. O projeto tenta estender o subsídio em transportes, já dado à Barcas S/A – do grupo CCR – ao Metrô – grupo Invepar, formado pela OAS e três fundos de pensão – e Supervia – da Odebrecht Transports. Há dias, o governador havia afirmado o que toda a população sabe: tais concessionários não merecem qualquer apoio enquanto não melhorarem o serviço, mas parece ter mudado de opinião.

Nos três casos, os concessionários mantêm a frota já existente há décadas – principalmente trens e barcas – e apenas pintam os equipamentos e trocam fusíveis. Há barcas e trens operando há mais de meio século. E, quando ocorre renovação, é com dinheiro público. O deputado Comte Bittencourt (PPS) lembrou que, após dois anos e meio, não foi feita auditoria na Barcas S/A para se saber como estão sendo usados os recursos do subsídio. Luiz Paulo Corrêa da Rocha (PSDB) lembrou que, quando o governo de seu partido privatizou serviços públicos de transporte, a tese usada foi a de que, com isso, os particulares iriam investir seu próprio dinheiro. “Em vez de punição, maus concessionários vão ganhar prêmio”, disse Rocha.

 

Resseguros em alta

O CEO da JLT Resseguros, Bruno Motta, se declara esperançoso para 2014. “Apesar de ser um ano atípico devido a Copa do Mundo no Brasil e conjuntamente com as eleições presidenciais, estou otimista em relação ao ano de 2014 para o mercado de seguros e resseguros no Brasil e no mundo. No que tange ao resseguro, este será um ano de amadurecimento e ajustes para algumas linhas de negócio como o bens reais (property) e o transportes onde os resultados têm sido muito apertados para muitos resseguradoras e seguradoras. Em outros ramos, como Garantia, Óleo e Gás, Equipamentos e responsabilidade civil, estes continuarão crescendo a taxas altas devido às obras de infra-estrutura, a maior percepção de risco do setor privado e novas coberturas”.

Em relação à Copa do Mundo, informa que a maioria das apólices já foi contratada e, objetivamente, os executivos terão de ser mais dinâmicos: “Tanto a Copa como as eleições irão, na prática, diminuir os dias úteis para tomada de decisões importantes, e portanto as empresas precisam começar o ano a pleno vapor para atingir as suas metas no final do ano”.

Sobre a visão do Brasil no mundo, diz: “Não há a euforia de antes, mas ainda temos assistido a entrada de grandes grupos internacionais. Os estrangeiros sabem que, aqui, é preciso operar com uma disciplina de subscrição muito forte para que seja possível obter as margens esperadas de retorno”.

 

Petros e Previ

No dia 28 de janeiro, três cidadãos – David Garcia de Souza, Domingos de Saboya Barbosa Filho e Sergio Salgado – apresentaram denúncia à Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) contra o fundo de pensão do pessoal da Petrobras, a Petros.

Segundo a denúncia, ao fim de 2010, a diretoria executiva da Petros, com aprovação plena do Conselho Deliberativo, trocou 20% dos ativos do fundo. Entregou títulos federais recebidos em 2001 e recebeu papéis com vencimentos mais longos e rendimentos, em pelo menos um caso, menores, seguindo-se a venda dos novos títulos para compra de ações da Itaúsa, do tipo ON, com “liquidez quase zero”, segundo os denunciantes.

Já a Previ, dos empregados do BB, está vinculada a outra questão. Várias entidades de empregados, com a associação dos gaúchos à frente, exige na justiça o cancelamento da Resolução 26/2008 do Conselho Nacional de Previdência Complementar. Essa resolução autoriza a Previ a reverter para o BB superávit do fundo.

Diz a ação: “Pugna-se, em vista disso, no sentido de que a Previ se abstenha de reverter parte de seus superávits ao patrocinador, pois isso contraria a lógica do fundo de pensão, que é o pagamento de benefícios vitalícios aos participantes. A saúde financeira do fundo depende disso”. Esclarecem os autores que o fato de essa reversão não ter sido feita é irrelevante, pois os beneficiários da Previ não podem estar sujeitos a sofrerem essa perda a qualquer momento.

 

FMM aprova

Em sua mais recente reunião, o Conselho Diretor do FMM aprovou R$ 2 bilhões para alterações de projetos de seis embarcações e suplementações para aperfeiçoamentos. A previsão oficial é de que, em 2014, o FMM desembolse R$ 6 bilhões, com crescimento de 20% sobre o ano passado, quando o fundo investiu R$ 5 bilhões em projetos ligados à construção de estaleiros e embarcações.

Do total investido pelo FMM em 2013, R$ 1,2 bilhão correspondeu a um aporte feito pelo Tesouro Nacional. Foi o primeiro aporte feito no fundo desde que a Lei 12.249, de 2010, autorizou a União a conceder créditos aos agentes financeiros do FMM no montante de até R$ 15 bilhões de forma a tornar viável os financiamentos de projetos aprovados pelo conselho diretor do FMM.

Antes de 2003, o Tesouro Nacional retirava dinheiro do FMM, na operação chamada de “contingenciamento”. Depois de 2003, não só o dinheiro do FMM é respeitado, como ainda têm sido dados novos aportes ao setor.

 

Rápidas

A partir deste ano, empresas de todos os portes deverão estar preparadas para utilizar o eSocial, sistema de escrituração digital que unifica o envio de informações fiscais, previdenciárias e trabalhistas ao governo. Por isso, Câmara de Comércio Americana (AmCham Rio) realiza, segunda-feira, o evento eSocial – Como adaptar suas rotinas?, que esclarecerá dúvidas de profissionais ligados às áreas administrativa, financeira e de recursos humanos *** Nesta segunda-feira, Wilson de Mello Jr., diretor do Instituto Opus da Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema), participará de seminário sobre capacitação de profissionais para movimentação de içamento de cargas. Será na sede do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-RJ) *** A partir de 31 de março, Carlos Tavares substituirá a Philippe Varin na presidência do Conselho de Administração da PSA Peugeot Citroen *** Ouvido em um shopping, de mãe para filho travesso: “Comporte-se bem, pois, em caso contrário, ficará em casa vendo curling”. Curling é aquele jogo estranho em que as equipes têm de afastar o equipamento dos outros de perto do alvo e os grupos ficam raspando gelo para conseguir seu intento *** O vice-governador fluminense Luiz Fernando Pezão, virtual candidato do PMDB, teve grande alegria esta semana ao saber que a cervejaria Budweiser escolheu o Rio de Janeiro como local para sua próxima fábrica, mais especificamente, no município de Barra do Piraí *** O corte de R$ 44 bilhões confirma a informação de que, mesmo em ano eleitoral, Dilma prefere preservar seu governo a ganhar as eleições de qualquer maneira. Não pretende chegar a dezembro com contas do país em desalinho *** O serviço de atendimento TAM/Multiplus é um dos mais complicados do setor aéreo *** A quinta-feira foi de bolsa em alta e dólar em queda.

 

Fonte: http://www.monitormercantil.com.br/index.php?pagina=Noticias&Noticia=148158

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