Niterói ocupa o segundo lugar em reclamações no disque educação da Alerj

O Fluminense
Valéria Vianna

Niterói ocupa o segundo lugar em reclamações no Disque-Educação, atrás do Rio de Janeiro, de acordo com relatório feito, em outubro, pela Comissão de Educação da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). Desde que foi instalado, em agosto deste ano, o serviço já recebeu mais de 150 ligações. Desse total, 54% foram do Rio de Janeiro e 15% de Niterói. Pelo menos 44% delas são para esclarecimentos, seguidas de denúncias, com 39%. De acordo com o presidente da comissão, deputado Comte Bittencourt (PPS), a maior parte das reclamações é sobre falta de obras nas unidades educacionais feitas, principalmente, por pais, responsáveis e alunos.

“Naturalmente, por conta do sucateamento que a rede pública do Estado vem passando nos últimos 15 anos”, disse, lembrando, porém, que o retorno da Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio de Janeiro (Emop) para cuidar do trabalho de recuperação e manutenção preventiva das escolas já é meio caminho andado.

O segundo item mais cobrado refere-se à carência de professores. Já os pedidos de esclarecimentos são sobre questões internas. Geralmente, discussões entre alunos e professores ou problemas com notas e aprovações.

“Mas outra questão que tem sido muito apresentada pelos alunos são dúvidas sobre diplomas e certificados, como também a situação da gratuidade nos transportes públicos”, comentou o deputado. Comte informou ainda que, antes de ser disponibilizado, o serviço passou por uma fase de capacitação durante dois meses.

“São dois ramais diretos, com duas centrais de atendimento que recebem, em média, 50 ligações por mês, de acordo com o primeiro relatório do serviço”, explicou o deputado.

Perfis – O documento apresenta o “Perfil do Requerente”, conforme o número de ligações feitas:

Alunos – 37%; Responsáveis – 27%; Professores – 16%; Cidadão Comum – 13%; e Funcionário – 7%.

Outro dado interessante é que a maioria dos requerentes são mulheres, 58%, quase o dobro dos homens, com 34% das ligações. São mulheres entre 30 e 50 anos, predominando aquelas que moram em áreas mais carentes do Rio de Janeiro e também na Região Metropolitana. Ligações do interior ainda são raras.

“Muitas dessas requisições nós respondemos na medida do possível através de correspondência ou, quando são casos referentes ao estado de conservação da escola, nós vamos pessoalmente ao local para fazer uma vistoria”, disse Comte.

O deputado pede que as pessoas liguem, seja qual for o motivo. Qualquer coisa que incomode. Sugestões também são bem-vindas, segundo ele.

“Os serviços do tipo disque-educação reforçam a questão do papel da Alerj de cobrar soluções dos governantes, além de aproximar a população dos seus representantes no legislativo”, ressaltou Comte.

Para ele, as respostas dadas aos denunciantes têm a função primordial de enfatizar a função do Disque-Educação como instrumento da Comissão da Alerj. “Com o serviço, podemos obter um panorama mais detalhado da educação em nosso estado, além de conferir a percepção que o povo faz do poder público”, disse. O principal objetivo do serviço, segundo Comte, é orientar o cidadão, aferir as denúncias, para depois encaminhá-las aos órgãos competentes, cobrando deles uma solução.

O número do Disque-Denúncia é o 0800-2821559.

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