Passageiros têm que trocar de barca no meio da Baía de Guanabara

Do G1, no Rio
13/12/2008

CONCESSÃO DE CONTRATO E ACIDENTES SERÃO INVESTIGADOS EM CPI.
CONCESSIONÁRIA ASSUME QUE NÃO PODE FAZER VIAGENS DE NOITE.

Uma barca que ia para Paquetá com 121 passageiros teve um problema em um dos motores às 16h10 deste sábado (13). Segundo nota divulgada pela concessionária Barcas S/A, o comandante teve que chamar outra embarcação para que os passageiros pudessem seguir viagem.
De acordo com a assessoria de imprensa da Barcas S/A, a troca de embarcação, no meio da Baía de Guanabara, ocorreu com segurança.
A Capitania dos Portos divulgou nota informando que a barca Charitas foi retirada de tráfego e só voltará a trabalhar após reparo e perícia.
Ainda segundo a nota, foi determinada a abertura de um inquérito para apurar as causas do problema e as condições de manutenção da embarcação. A previsão de conclusão é de 90 dias.

CPI DAS BARCAS
Foi instalada na terça-feira (9) a CPI das Barcas na Assembléia Legislativa do Rio (Alerj). A comissão tem dois objetivos: investigar as causas dos acidentes durante o transporte de passageiros e o descumprimento do contrato de concessão.
O deputado estadual Gilberto Palmares é o presidente da CPI. Foram escolhidos ainda José Nader, como relator, e Comte Bittencourt, como vice-presidente.
Segundo a Alerj, será solicitado à Capitania dos Portos e à Agetransp (Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes Aquaviários, Ferroviários, Metroviários e de Rodovias do Estado do Rio de Janeiro) o resultado da investigação dos acidentes envolvendo as barcas.
Também será encaminhado um ofício pedindo esclarecimentos do andamento da representação pública contra a empresa Barcas S/A no Ministério Público, além de solicitação da ata da reunião que aconteceu em maio de 2008, na Agetransp, sobre a revisão do contrato de concessão.

VIAGENS NOTURNAS
Na segunda-feira (8), o superintendente da concessionária Barcas S/A, Luiz Marinho, afirmou, durante audiência pública da Comissão de Transportes da Alerj, que a empresa não tem como arcar com as viagens noturnas feitas pelas embarcações na Baía de Guanabara.
“Nestes horários o número de passageiros é de dois a 20 por trajeto. A empresa não tem dinheiro para custear esses deslocamentos”, alegou Marinho.
De acordo com a Alerj, a afirmação não convenceu o presidente da comissão, deputado Marcelo Simão (PHS), que lembrou que a concessionária está descumprindo diversos pontos do contrato de concessão, firmado, em 1998, com o governo estadual. “A empresa tem sido negligente e desrespeitado a população que diariamente precisa dos serviços para se deslocar, chegar ao trabalho”, lembrou Simão.

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