“Desespero-me ao ver as crianças voltarem para casa às 10 horas da manhã por falta de professores”. Essa foi uma das frases do professor Nelson Massini, presidente da Faetec, na audiência pública da Comissão de Educação da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) que aconteceu na manhã desta quarta feira (23/05). Ele também admitiu que a Fundação está com toda a sua estrutura desorganizada, administrando inclusive o Hotel a R$1,00. Nelson Massini afirmou que gostaria de ficar apenas com os cursos técnicos e tecnológicos a cargo da Faetec. Segundo ele, a Educação Básica só causa prejuízo à Faetec e deveria ficar a cargo da Secretaria de Educação. “A Faetec deve cuidar daquilo que é da sua finalidade de existência, do ensino técnico até o tecnológico.”
A vice presidente da Faetec, professora Maria Cristina Lacerda relatou outro problema da instituição: o reconhecimento dos cursos. Com isso, aproximadamente 2700 diplomas estão sem regularização e muitos ex alunos não estão podendo assumir suas funções por não terem os diplomas reconhecidos. “É uma irresponsabilidade abrir cursos sem autorização do Conselho Estadual de Educação”, afirmou Maria Cristina, que denunciou ainda que a rede da Faetec não possuía 450 mil alunos anunciado pelo governo anterior, e sim, cerca de 143 mil.
Representantes de pais, alunos e funcionários da Faetec também relataram problemas como degradação das dependência da fundação.
O deputado estadual Comte Bittencourt, presidente da Comissão de Educação encerrou a audiência pública afirmando que vai propor ao Conselho Estadual de Educação a transformação da Universidade Estadual da Zona Oeste (UEZO), em um Instituto Superior Tecnológico. “Há equipamentos de ponta, mas as condições detectadas durante a minha visita mostram que ainda falta estrutura para considerar a UEZO uma universidade. Como Instituto ele estará adequado a realidade ali apresentada com garantia de qualidade.”