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O Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hupe), no Maracanã, Zona Norte do Rio, não será privatizado. A afirmação foi feita pelo reitor da Universidade do Estado do Rio (Uerj), Ricardo Vieiralves, que administra o Hupe, nesta segunda-feira (5/4), durante audiência da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Rio. O reitor entregou ao presidente do colegiado, deputado Comte Bittencourt (PPS), um documento que confirma o compromisso.
“A instituição está sendo sucateada, seu orçamento sangrado, esvaziado, e a sua capacidade de atendimento diminuída. E isso é preocupante. A comissão está dando essa contribuição, pois é papel do parlamento intermediar esses conflitos, sem ferir a autonomia da universidade”, afirmou o parlamentar, comentando ainda que a reunião foi marcada para a discussão de uma minuta apresentada pelo reitor para criar um conselho próprio e normatizar a autonomia da gestão do Hupe.
De acordo com o presidente da comissão, o Pedro Ernesto, apesar de ser um hospital-escola, cumpre “um papel fundamental no atendimento da sociedade fluminense”. Vieiralves esclareceu que a minuta de resolução apresentada por ele ao conselho universitário ainda não é um texto definitivo. “O debate é sobre qual o grau de autonomia do Hupe. Quando tivermos a minuta atualizada, apresentaremos à Comissão de Educação da casa, que tem sido parceira neste assunto”, disse o reitor. Ele acrescentou que o grande problema do hospital está na questão orçamentária.
Para o diretor do Hupe, Rodolfo Acatuassú Nunes, o fato de o hospital ser uma unidade universitária faz com que ele não lide somente com a assistência, mas também com o ensino e a pesquisa. Segundo Nunes, são necessidades diferentes que aumentam em até 40% o custo para manter o Hupe.