Um estudo aprensetado nesta quarta-feira pela Secretaria de Estado de Educação na durante audiência pública da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) apontou que houve a diminuição do número de analfabetos e da distorção idade/série no estado do Rio de Janeiro. O Presidente da comissão, deputado Comte Bittencourt (PPS) considerou o balanço positivo, mas demonstrou preocupação com os dados referentes à questão salarial e de estrutura da rede estadual de ensino.
“A exposição desses números é uma determinação da nova Lei de Responsabilidade Educacional (Lei 5.451/09), de minha autoria. Esse é o segundo ano da prestação de contas e já houve um aperfeiçoamento, apesar de alguns dados defasados. Seguramente essa prática de apresentação de indicadores vai fazer com que o povo fique mais atento”, afirmou o parlamentar.
De acordo com o relatório educacional do Governo, apresentado pelo subsecretário de Gestão da Rede e de Ensino de Educação, Antônio Paiva Neto, a taxa de analfabetismo entre os alunos com idades que variam de 10 a 14 anos, dos 1,175 milhão de alunos matriculados nos ensinos Médio e Fundamental, caiu de 1,3%, em 2009, para 0,6% de analfabetos, em 2010. Para os alunos com mais de 15 anos, o número de 2010 foi de 4,0%, enquanto em 2009 foram registrados 4,8% de analfabetos. Segundo o subsecretário, a distorção idade/série diminuiu de 45% para 40%.
Infraestrutura e falta de professores
Sobre a infraestrutura das escolas, o documento apontou que, dentre as 1.452 escolas estaduais, 1.087 contam com laboratórios de informática, 1.044 delas possuem bibliotecas, 1.378 contam com quadras poliesportivas e 446 com laboratórios de ciências. O subsecretário lembrou que as atividades extracurriculares regulares oferecidas em escolas da rede pública estadual, como aulas de dança, música, instrumentos musicais, artesanato, ciências e atividades esportivas e culturais.
Bittencourt disse, porém, que a falta de professores ainda é uma realidade que preocupa a comissão. “Para mim o mais preocupante é a questão dos professores. A rede tem uma carência enorme desses profissionais, apesar de ter realizado concurso público e contratado quase 30 mil novos professores. O salário não motiva a sociedade a procurar a carreira docente. A questão do estado do Rio continua sendo o investimento. A cada dia, 22 professores deixam a rede”, lembrou o presidente da comissão. Os deputados Andreia Busatto (PDT), Clarissa Garotinho (PR) e Robson Leite (PT), além de representantes do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio (Sepe-RJ) e da União dos Professores Públicos no Estado (Uppes), também participaram da reunião.
Site SRZD