Mais da metade dos alunos da rede pública de ensino do RJ passa a usar aplicativo de ensino remoto
Em meio à pandemia, 57% dos estudantes aderiram à plataforma criada pela Educação. Parcela que não tem acesso é tratada como ‘grupo prioritário’ no ensino híbrido, segundo secretário.
Lançado há pouco mais de um mês, o aplicativo criado pela Secretaria estadual de Educação para ensino remoto durante a pandemia de Covid-19 já é acessado por mais da metade dos alunos (57%) da rede pública de educação – no total, a rede tem quase 725 mil estudantes.
Os dados armazenados na plataforma podem, segundo a pasta, ajudar educadores a criar estratégias pedagógicas e “fortalecer o diagnóstico de correção do déficit de aprendizagem de 2020”. Até a noite de terça-feira (20), o aplicativo somava mais de 25 milhões de acessos.
Disponível no site da secretaria, o painel com informações sobre o aplicativo mostra, entre outras informações, a quantidade total de usuários, quantos deles são alunos, gestores ou professores, e o horário de acesso por dia da semana.
A ferramenta também tem uma área restrita para docentes e gestores de escolas com dados mais detalhados sobre a utilização do aplicativo, específicos para município, escola e turma.
Na terça à noite, a plataforma mostrava que 450 mil pessoas – entre alunos, professores e gestores – acessaram o aplicativo.
“A educação remota ainda é um grande desafio em todo o país. Agora, o aplicativo organizou o projeto pedagógico da rede. Vamos, em maio, entrar com aula vivo”, detalhou o secretário de Educação, Comte Bittencourt.
O secretário avalia que os resultados com o aplicativo são um “importante avanço” num ano difícil para a comunidade escolar.
Bittencourt comentou, também, a situação de uma outra parcela de estudantes que ainda não tem acesso, ou que não conseguirá acessar o aplicativo.
“O pessoal que não tem é o grupo prioritário para atendermos com o [ensino] ‘presencial híbrido’. Esse grupo é o prioritário”, afirmou o representante da pasta.
Applique-se
O aplicativo, lançado no dia 1º de março, foi idealizado e desenvolvido após levantamento feito pela Seeduc, no final do ano passado, indicando que 90% dos alunos da rede estadual usavam celular e conseguiriam acompanhar aulas remotas pelo aparelho.
A ideia da secretaria foi oferecer acesso à internet por meio de um aplicativo de navegação gratuita.
A promessa da secretaria é que o aplicativo pode ser usado 24h, sete dias da semana, sem consumir o pacote de dados do usuário. Lá estão disponíveis 4 mil materiais pedagógicos. São videoaulas, podcasts e orientações de estudo.
A ferramenta também disponibiliza acesso ao Google Sala de Aula, plataforma que reúne as turmas de cada escola.
Até o final deste mês, a Seeduc informou que os conteúdos no aplicativo vão estar focados na revisão do ano letivo de 2020, divididos por anos e séries.
Depois, de maio em diante, os alunos poderão assistir aulas ao vivo na plataforma e aprender os conteúdos referentes à série ou ao ano de escolaridade em que o estudante está matriculado.