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Um armazém desativado e completamente abandonado. Esta foi a constatação do deputado Comte Bittencourt (PPS), durante vistoria realizada na última sexta-feira (05/09), na Central de Abastecimento do município de São José de Ubá, no Noroeste fluminense, que, segundo denúncias recebidas pelo gabinete do parlamentar, está há mais de três anos sem direção, gerência e funcionários para limpeza e manutenção. Bittencourt aproveitou o fim-de-semana e prolongou a viagem, quando visitou, ao todo, outros 12 municípios das regiões Norte e Noroeste do estado. Sua preocupação aumentou: “São José de Ubá é o segundo município que mais produz tomate no estado e a desativação da Ceasa vem dificultando esta atividade. Para piorar, as estradas estão em estado precário, o que atrapalha o escoamento da produção. Ainda esta semana chamarei a atenção do Governo para estas questões no Plenário da Alerj”, adiantou Bittencourt.
De acordo com o deputado, a iluminação da Ceasa é escassa e a falta de informações sobre a cotação dos produtos nos mercados consumidores impede a atualização dos preços. Um painel eletrônico para informar os preços havia sido doado pela prefeitura e teria virado sucata. “Os produtores de tomate de São José de Ubá estão vendendo o produto em consignação, ou seja, sem estipular um preço, já que o painel não mostra os valores praticados no Rio e em São Paulo”, denunciou. Bittencourt evidencia, ainda, a falta de políticas públicas no interior do estado. “Aqui moram 75% da nossa população justamente por não haver uma política para fixar o cidadão e sua família no interior. O estado do Rio, hoje, tem os piores indicadores em quase todos os campos, especialmente na agenda social, porque são 20 anos de governos que não têm qualquer capacidade de priorizar as políticas maiores no estado com pensamento federativo”, afirmou.
Bittencourt enviou as denúncias à Comissão de Agricultura, Pecuária e Políticas Agrária, Rural e Pesqueira da Alerj, presidida pelo deputado Rogério Cabral (PSB), que afirmou que a comissão buscará uma solução para os problemas. “Se for necessário, iremos até o local e intermediaremos um contato com o Governo estadual”, complementou Cabral.